120 de Ciência: enfermeiros de reabilitação podem apresentar papel ativo nos cuidados à criança com dispneia
Published by Ana Beatriz Matos on
Os enfermeiros de reabilitação podem apresentar um papel ativo e de elevado destaque nos cuidados à criança com dispneia. A conclusão resulta do estudo, em coautoria, da docente da ESEP e investigadora Cintesis, Olga Ribeiro.
Os problemas respiratórios são um dos motivos mais frequentes de admissão e de readmissão ao serviço de urgência de pediatria. Este estudo pretende caracterizar as crianças que recorrem ao serviço de urgência com quadro de dispneia e refletir sobre a necessidade de intervenção dos enfermeiros de reabilitação.
Intitulado “A criança com dispneia no serviço de urgência dados epidemiológicos para intervenção dos enfermeiros de reabilitação”, o artigo conta com um estudo quantitativo e retrospetivo. A recolha dos dados foi concretizada através da análise dos fluxogramas “Dispneia” e “Dispneia na criança” existentes no programa de Triagem de Manchester, num serviço de urgência de pediatria, de 2018 a 2020, tendo sido triadas 8974 crianças.
Os resultados mostraram que a classe com maior número de admissões correspondeu às crianças pequenas, entre 1 e 2 anos. A prioridade mais frequente foi “Pouco Urgente”. A dificuldade respiratória, a hipoxemia, a tosse e a dor pleurítica constituíram os sinais e sintomas mais verbalizados, exigindo a adoção de estratégias que os evitem e/ou minimizem.
Neste sentido, a atuação do enfermeiro de reabilitação é fundamental para a capacitação dos pais, de forma a reduzir a admissão ao serviço de urgência, aumentar os conhecimentos sobre a eventual patologia respiratória, minimizar a sintomatologia e capacitar as crianças com compromisso no sistema respiratório para a autogestão da doença.