120 de Ciência: uso da perfusão subcutânea contínua de insulina considerado satisfatório

Published by Ana Beatriz Matos on

O uso da perfusão subcutânea contínua de insulina é uma resposta terapêutica que os adolescentes com Diabetes tipo 1 percebem como promotora da sua qualidade de vida e globalmente satisfatória. A conclusão, que vai ao encontro da evidência, foi retirada do estudo intitulado “Satisfação com o tratamento e qualidade de vida em adolescentes com dm1 e sistema de perfusão subcutânea continua de insulina” que conta com a participação da docente da ESEP, Lígia Lima.

O sistema de perfusão subcutânea contínua de insulina tem sido priorizado no controlo metabólico de crianças e jovens com Diabetes tipo 1.

Publicada na revista Millenium, a investigação teve como finalidade avaliar a qualidade de vida e a satisfação com o tratamento em adolescentes com diabetes tipo 1 que utilizam o sistema e analisar o papel da qualidade de vida na predição da sua satisfação com o tratamento.

Neste sentido, foi realizado um estudo com 77 adolescentes, com idades compreendidas entre os 10 e os 18 anos. Foram utilizados dois questionários, um sobre a qualidade de vida associada ao tratamento e outro sobre a satisfação em relação ao tratamento.

Os resultados mostraram que os adolescentes tendem, maioritariamente a manifestar uma boa qualidade de vida, com valores mais baixos nas dimensões relativas ao Impacto da Diabetes, Sentimentos e Humor e Tempos Livres. Revelaram também que estão ainda satisfeitos com o sistema utilizado.

Assim, conclui-se que o uso da perfusão subcutânea contínua de insulina é uma resposta terapêutica que os adolescentes com Diabetes tipo 1 percebem como promotora da sua qualidade de vida e globalmente satisfatória, o que vai ao encontro da evidência. Contudo, na promoção da adaptação à doença e regime terapêutico, aspetos como as implicações na autoimagem e a gestão emocional devem ser domínios de especial atenção.

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