Publicado artigo sobre hemóstase da artéria radial
Hemóstase da artéria radial
Paulo Marques, docente da ESEP, é um dos autores do artigo que teve por finalidade mapear a literatura sobre hemóstase da artéria radial após angiografia coronária.
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Os cuidados de enfermagem em cardiologia de intervenção são vitais durante as fases peri operatórias. O acesso por artéria radial é agora o preferencial, sendo necessária uma hemóstase adequada para prevenir complicações. Os protocolos-padrão são necessários para métodos de hemóstase eficazes e económicos. Este estudo tem como objetivo mapear a literatura sobre hemóstase da artéria radial após angiografia coronária, uma área ainda não revista.

Através da utilização da metodologia do Instituto Joanna Briggs para scoping reviews, dois revisores selecionaram, independentemente, estudos baseados nos critérios elegíveis. Os dados do estudo foram extraídos através de uma ferramenta especialmente desenvolvida, tendo sido as divergências resolvidas através de discussão ou de um terceiro revisor. A síntese dos dados foi apresentada de forma tabular e num sumário narrativo. O estudo recorreu também às orientações da Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis para scoping reviews. As pesquisas foram realizadas nas plataformas: PubMed, CINAHL Complete, Cochrane Database of Systematic Reviews, Cochrane Central Register of Controlled Trials, Scopus, Opengrey, DART-Europe e-theses portal e seis websites de referência em cardiologia de intervenção.

De um total de 43 documentos, quatro métodos de hemóstase da artéria radial após angiografia coronária foram identificados: compressão manual, penso compressivo, dispositivos de compressão e apósitos hemostáticos. Dos estudos encontrados, cerca de 70% das referências focavam-se nos dispositivos de compressão. O estudo identificou nove técnicas utilizadas para avaliar os métodos de hemóstase, sendo a inspeção visual e ultrassom as mais comuns. Apenas nove métodos de hemóstase não tinham protocolo associado.

O estudo publicado com o título “Radial artery haemostasis after coronary angiography” revelou variabilidade nas técnicas de avaliação, predominantemente a inspeção visual e ecográfica, o que sublinha a necessidade de diretrizes padrão. A falta de protocolos para alguns métodos destaca ainda mais a necessidade de uniformizar os padrões de forma a melhorar a consistência e a fiabilidade nas práticas clínicas. Padronizar estes métodos e protocolos é essencial para melhorar os resultados das intervenções de enfermagem e desenvolver esta área.

O artigo, publicado no The Journal of Vascular Access, é da autoria de David José Teixeira Rodrigues, César Teixeira, Vitor Parola e Paulo Marques.

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