O mais recente artigo que conta com a colaboração de Elisabete Borges, docente da Escola Superior de Enfermagem do Porto, teve como objetivo analisar a associação entre a cultura de segurança do paciente e qualidade de vida profissional de trabalhadores de enfermagem.
Publicado na Revista da Escola de Enfermagem da USP, a investigação contou com a realização de um estudo correlacional num hospital em Salvador, Baía, Brasil, com 180 participantes. Os dados foram recolhidos através do questionário hospitalar sobre cultura de segurança do paciente e a escala de qualidade de vida profissional de trabalhadores e analisado com testes de correlação.
Os resultados do estudo mostraram que o uso do Modelo de Qualidade de Vida, que abrange a Satisfação por Compaixão, Burnout e Stress Traumático, mostrou uma melhor avaliação da cultura de segurança foi associada negativamente com o burnout. Relativamente às dimensões de cultura, melhores avaliações da perceção geral de segurança, trabalho de equipa e pessoal foram associadas negativamente com burnout e stress traumático. Maior burnout foi associado negativamente com melhores transferências e melhor stress traumático esteve associado positivamente com erros de comunicação.
Neste sentido, foi possível concluir que maiores níveis de burnout foram associados com uma perceção pior da cultura de segurança e piores avaliações de trabalho de equipa; dimensionamento e perceção geral de segurança associaram-se a um maior nível de burnout e stress traumático, o que enfatiza a importância do investimento nestas áreas.
Resultado de um estudo de Doutoramento integrado no Projeto INT-SO, o artigo intitulado “Associação entre cultura de segurança do paciente e qualidade de vida profissional de trabalhadores de enfermagem” é da autoria de Edenise Batalha, Elisabete Borges e Marta Melleiro.