O estudo intitulado “Posttraumatic Growth in Women After a Childbirth Experience: The Influence of Individual Characteristics and Intrusive and Deliberate Rumination” tem como participantes mulheres que admitem ter vivenciado uma experiência de parto traumática auto-definida. Tem como objetivos: (a) explorar diferenças entre variáveis sociodemográficas, obstétricas e relacionadas com o trauma, relativamente ao estilo de ruminação; (b) determinar a associação entre os processos de ruminação intrusiva e deliberada relativamente às dimensões de crescimento pós-traumático (CPT), e (c) verificar se a ruminação intrusiva está associada à ruminação deliberada e a relação de ambas com as dimensões de CPT.
Para a realização da investigação, foi realizado um estudo transversal no norte de Portugal entre abril de 2020 e dezembro de 2021. No total, participaram no estudo 202 mulheres que identificaram a sua experiência de parto como traumática. Os investigadores concluiram que a ruminação deliberada explicou totalmente a relação entre a ruminação intrusiva e as dimensões do CPT. Os resultados sugerem que a ruminação deliberada pode contribuir para explicar a ocorrência de CPT. Estes resultados são relevantes para ajudar a delinear intervenções psicossociais para maximizar as oportunidades de ruminação deliberada em mulheres com experiências de parto consideradas traumáticas.
Publicado na revista “Psychological Trauma: Theory, Research, Practice, and Policy”, o artigo é da autoria de Tânia Brandão (Portugal), Sónia Brandão (Portugal), Ana Paula Prata (Portugal), Rosa Silva (Portugal), Wilson Abreu (Portugal), Olga Riklikiene (Lituânia), Gabija Jarasiunaite-Fedosejeva (Lituânia), Ernesto González-Mesa (Espanha), Gözde Gökçe İsbir (Turquia), Figen Inci (Turquia), Burcu Kömürcü Akik (Turquia), Kristiina Uriko (estónia) e Gill Thomson (Reino Unido).