Avaliação das propriedades psicométricas do formulário de avaliação da dependência no autocuidado
Published by Sandra Pereira on
As crescentes mudanças sociodemográficas, assim como o aumento do envelhecimento da população e das doenças crónicas prevalentes, evidenciam a necessidade de mais conhecimentos sobre a dependência no autocuidado.
Avaliar as habilidades de autocuidado dos pacientes, através da utilização de ferramentas de medida e avaliação do tipo e nível de dependência, permite que os enfermeiros realizem um trabalho rigoroso e sistemático na promoção e avaliação da autonomia dos pacientes, bem como na avaliação dos ganhos em saúde, o que contribui para o aumento da visibilidade da terapêutica de enfermagem.
O artigo “Self-Care Dependency Evaluation Form: Psychometric properties of the revised version with 27 items”, publicado pelos docentes da Escola Superior de Enfermagem do Porto, Paulo Parente, Paulo Machado, Teresa Martins, Filipe Pereira e Abel Paiva, em coautoria com Andreia Costa e Soraia Pereira*, no Scandinavian Journal of Caring Sciences, pretende escrutinar todos os pontos do Formulário de Avaliação da Dependência no Autocuidado, com o objetivo de criar uma versão melhorada e de avaliar as suas propriedades psicométricas.
Este estudo foi realizado em duas fases. Na primeira fase foi realizada uma análise exploratória e correcional dos itens do Formulário de Avaliação da Dependência no Autocuidado a partir de um banco de dados com 282 participantes. Na segunda fase um novo estudo com uma amostra de 150 participantes foi realizado para testar as propriedades psicométricas da versão revisada.
Através desta análise, os autores concluíram que as mudanças demográficas e as crescentes necessidades em saúde têm um grande impacto na preparação e planeamento das políticas de saúde. O instrumento estudado apresenta um nível de especificação que facilita a compreensão abrangente da dependência no domínio do autocuidado.
Este instrumento fornece uma contribuição notável para o desenvolvimento e implementação de intervenções que são mais eficazes e adaptadas às reais necessidades dos indivíduos.