A evolução da profissão de enfermagem tem raiz na arte de cuidar da família pelas mulheres, passado de geração em geração, posteriormente foi assumida pela Igreja e realizada pelas ordens religiosas. No séc. XIX Nigthingale e Fenwick surgem como percursoras da enfermagem moderna (Colliére, 1989; Graça & Henriques, 2000) dando-se inicio à profissionalização.
Na contemporaneidade, e em Portugal, exige-se que os profissionais de enfermagem se centrem na relação interpessoal com a pessoa, a família ou a comunidade, se distingam pela formação e experiência e tenham como objetivo ajudá-la a ser proactiva na consecução do seu projeto de saúde (Ordem dos Enfermeiros, 2001).
O papel social da profissão é reconhecido pela sociedade, isto é, os enfermeiros formam um dos grupos profissionais do SNS que contribuem para a qualidade dos cuidados de saúde prestados desenvolvendo, nesse contexto, um papel vital. Contudo, a visibilidade desse papel dilui-se na generalidade das intervenções em saúde, passando frequentemente despercebido e incompreendido.
O projeto E2P+N é um estudo de natureza aplicada qualitativa e exploratória do fenómeno: (re)construção social da imagem da profissão de enfermagem e do enfermeiro. Pretende compreender este fenómeno social e obter informação sobre o fenómeno na perspetiva da população infanto-juvenil.