Estudo sugere que programas de formação em primeira ajuda em saúde mental podem ser realizados por enfermeiros nas escolas
Os enfermeiros especialistas em enfermagem de saúde mental e psiquiátrica podem liderar programas de formação em escolas secundárias de forma a melhorar as competências de primeira ajuda em saúde mental dos adolescentes.
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O estudo intitulado “Nurses’ promotion of Mental Health First Aid Training Programmes for upper secondary students: a modified Delphi approach” procurou alcançar um consenso sobre as características dos programas formação em primeira ajuda em saúde mental promovidos por enfermeiros e destinados a estudantes do ensino secundário. O artigo conta com a participação dos docentes da ESEP e investigadores Cintesis, Francisco Sampaio e Carlos Sequeira.

Este estudo teve um método descritivo misto e recorreu a uma técnica e-Delphi modificada. A partir dos resultados de estudos anteriores, com enfermeiros e adolescentes, foram elaboradas declarações sobre o tópico que posteriormente foram incluídas num questionário online estruturado. Um painel de peritos com 78 enfermeiros especialistas em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica posicionaram-se relativamente às declarações, em duas rondas de resposta, entre outubro e dezembro de 2021. Foram analisadas as frequências absolutas e relativas das suas respostas. Os comentários dos especialistas também foram considerados.

Na primeira ronda de respostas, os especialistas sugeriram quatro novas ideias relativas aos programas de formação. Pelo menos 75% dos participantes concordaram com 58 declarações sobre a intervenção. As opiniões dos especialistas diferiram apenas numa das declarações, que descrevia o comportamento sexual comprometido como um problema de saúde mental a abordar nos programas de formação.

Neste sentido, foi possível concluir que os enfermeiros especialistas em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica podem liderar estes programas em escolas secundárias de forma a melhorar as competências de primeira ajuda em saúde mental dos adolescentes. Várias abordagens educacionais podem ser usadas para ensinar sobre saúde mental, problemas de saúde mental e ações subjacentes a estas condições.

As descobertas orientam o planeamento, a implementação e a avaliação destas intervenções nas escolas de ensino secundário e incentivam os enfermeiros a explorar estes programas e a incluí-los nos seus currículos formativos.

O artigo foi publicado na revista BMC Nursing e contou com a contribuição de Tiago Costa, Moreno Poyato, Francisco Sampaio, Teresa Lluch Canut e Carlos Sequeira.

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