Um estudo publicado na revista Scientific Reports explorou a possível relação entre a sazonalidade e a qualidade de vida relacionada com a saúde em pessoas com doença arterial coronária em reabilitação e num follow-up a dois anos. O estudo contou com a participação de 1 026 utentes.
Os investigadores recolheram dados sociodemográficos, clínicos e psicológicos, incluindo avaliações de ansiedade e depressão através da Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar. Para avaliar a qualidade de vida foram utilizados dois instrumentos reconhecidos: o Questionário de Estado de Saúde de 36 itens (SF-36) e o Minnesota Living with Heart Failure Questionnaire (MLHFQ).
A análise dos dados revelou uma associação entre a época do ano e os diferentes domínios da qualidade de vida dos utentes. De acordo com o SF-36, os meses de verão estiveram relacionados com melhores resultados não nível da saúde mental, enquanto o inverno registou pontuações mais elevadas na dimensão da dor. Por outro lado, o MLHFQ indicou que o inverno foi associado a uma melhor qualidade de vida global durante a reabilitação e no follow-up realizado dois anos depois.
O artigo intitulado “The role of seasonality on evaluating health-related quality of life in patients with coronary artery disease” é da autoria do docente da Escola Superior de Enfermagem do Porto, Francisco Sampaio, com Dalia Martinaitienė, Zsolt Demetrovics, Biljana Gjoneska, Julius Burkauskas e Nijolė Kažukauskienė. Este estudo foi desenvolvido no âmbito da COST Action “Climate Change Impacts on Mental Health in Europe”.
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