O desporto surgiu cedo na vida de David Teixeira. Com apenas cinco anos, descobriu a ginástica acrobática através de uma amiga e logo ficou interessado na atividade. O jovem relembra que, com nove anos, começou a tentar alguns elementos por iniciativa própria, até que a minha mãe o inscreveu na atividade.
A sua formação na modalidade começou no Grupo Desportivo Colégio Internato dos Carvalhos, atualmente Associação Desportiva 22, onde treinou durante sete anos. Posteriormente, integrou o Acro Clube da Maia, uma das referências nacionais na ginástica acrobática, onde encontrou condições para desenvolver os seus objetivos desportivos de forma mais ambiciosa.
O seu percurso competitivo inclui várias provas nacionais, bem como participações internacionais de relevância. Em 2024, estreou-se no Campeonato do Mundo, alcançando o 2.º lugar nas qualificações e a 5.ª posição na final. “O momento mais marcante na minha carreira neste desporto foi definitivamente o mundial do ano passado, foi uma experiência inesquecível”, afirma. Em abril deste ano, participou no Campeonato da Europa, onde conquistou uma medalha de bronze e dois quartos lugares.
Apesar das exigências do desporto de alto rendimento, o estudante decidiu prosseguir os seus estudos no Ensino Superior e escolheu a Escola Superior de Enfermagem do Porto e o Curso de Licenciatura em Enfermagem para seguir o seu sonho. “Sempre fui uma pessoa preocupada com os outros e sempre me atraiu muito o mundo da saúde”, explica.
A conciliação entre os treinos, as aulas e o estudo exige-lhe disciplina e organização. “Vou sempre ao máximo de aulas possíveis, só em casos excecionais é que falto. Quanto ao estudo, tiro sempre 30 minutos do fim do dia para rever e estudar um bocadinho.”
O estudante acredita que a experiência desportiva tem um impacto positivo no seu percurso académico: “A ginástica desenvolveu em mim uma capacidade gigante de organização, assim como responsabilidade e perfeccionismo.”
Com a carreira desportiva a aproximar-se do fim do seu ciclo natural — uma vez que, nesta modalidade, a maioria dos atletas termina a competição por volta dos 21 ou 22 anos —, o ginasta admite que será difícil manter a prática ao mais alto nível. Ainda assim, mantém o entusiasmo pela modalidade: “Nada me impede de ser treinador nos dias que tiver disponíveis.”
Para terminar, David deixa uma mensagem a todos os jovens: “O desporto é algo que todas as crianças e jovens deveriam frequentar, pois dá-nos ferramentas para a vida. Existe, agora, uma vasta diversidade de desportos que se podem frequentar, agora com muito menos preconceitos. Pode não ser à primeira que encontrem o que amam, mas se continuarem a tentar, vão encontrá-lo e só vos vai dar mais valias.”
Resposta aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

