Mais de 25% dos enfermeiros de emergência e cuidados intensivos são viciados no trabalho. A conclusão foi retirada do estudo que conta com a participação da docente da ESEP e investigadora CINTESIS, Elisabete Borges.
O artigo intitulado “Workaholism and work-family interaction among emergency and critical care nurses“, publicado no Intensive and Critical Care Nursing, teve como objetivo perceber a prevalência do vício no trabalho, bem como a relação entre a interação trabalho-família nos enfermeiros que trabalham na emergência e nos cuidados intensivos.
Foi realizado um estudo transversal quantitativo com um total de 219 enfermeiros participantes, com questões sociodemográficas e ocupacionais. Os dados foram recolhidos em Espanha entre junho e setembro de 2019.
Os resultados mostram que o vício no trabalho foi prevalente em 28,3% dos participantes. Foi também estabelecida uma ligação entre o vício no trabalho e a interação trabalho-casa. O estudo também conectou o stresse no trabalho ao vício no trabalho. Na dimensão Trabalhar Excessivamente, as enfermeiras apresentaram valores médios significativamente maiores do que os homens. Além disso, o artigo permitiu também perceber que o trabalho tem um impacto negativo e gera conflito na família.
Assim, dadas as responsabilidades vitais que os enfermeiros de emergência e cuidados intensivos desempenham no sistema de saúde, os resultados sugerem que os tratamentos de saúde ocupacional devem ser usados para identificar os perfis de trabalho que estão particularmente em risco.
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