Organização, planeamento e definição de prioridades são componentes essenciais para gerir o tempo. Esta foi a conclusão do estudo das docentes da Escola Superior de Enfermagem do Porto, Manuela Martins, Margarida Reis Santos, Regina Pires e Manuela Teixeira, em coautoria com Ana Poeira, Luísa Alferes e Rui Alferes.
“Gestor de Enfermagem em unidades de saúde mental: das atividades à utilização do tempo” é o nome do artigo, publicado na revista RevRENE, que teve como objetivo compreender a utilização do tempo dos gestores de enfermagem em unidades de Saúde Mental e Psiquiatria no desempenho das atividades diárias.
Foi realizado um estudo transversal que contou com 48 gestores de unidades psiquiátricas públicas e do setor social. Os dados foram recolhidos através de um questionário online. Esta ferramenta incluiu a Escala de Perceção do Trabalho dos Gestores em Enfermagem, com 43 itens, distribuídos por cinco domínios funcionais. As respostas foram cotadas em escala tipo Likert: não ocupa tempo, ocupa pouco tempo, ocupa algum tempo e ocupa muito tempo.
Os resultados mostram que as atividades inerentes à prática profissional ética e legal, gestão de cuidados e de recursos humanos consomem mais tempo em comparação com intervenção política e assessoria e desenvolvimento profissional.
Os gestores reconhecem, assim, que gerir o tempo implica organização, planeamento e definição de prioridades nas tarefas a desempenhar.
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