Na carta ao editor intitulado “Climate anxiety: trigger or threat for mental disorders?”, o investigador da Escola Superior de Enfermagem do Porto e CINTESIS, Carlos Sequeira, em parceria com Francisco Sampaio, docente na Universidade Fernando Pessoa, assinala a existência de um número crescente de jovens, entre os 16 e 25 anos, com ansiedade climática ao nível mundial. Esta é a primeira vez que a ESEP conta com uma publicação numa das mais eminentes publicações em saúde, a revista “The Lancet”.
Nesta publicação, Carlos Sequeira explica que o conceito de “ansiedade climática” se refere ao conjunto de perturbações provocadas pela crise climática atual e que abrange todo o mundo.
Embora ainda não seja considerada uma perturbação mental, o comentário aponta para uma maior prevalência da ansiedade climática nos países mais pobres, localizados em áreas mais afetadas pelas mudanças no clima. A literatura analisada no estudo sugere, também, que este anseio está mais presente nos jovens, uma vez que estes são mais informados e preocupados com as alterações climáticas.
Apesar de ainda não se saber qual a ligação entre a ansiedade climática e as perturbações mentais, o estudo conclui que há a necessidade imperiosa de proteger a saúde mental dos jovens.
Sobre os autores
Francisco Sampaio
Escola Superior de Saúde Fernando Pessoa, Portugal
Carlos Sequeira
Escola Superior de Enfermagem do Porto, Portugal
Resposta aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

