O uso da simulação clínica no ensino da enfermagem em tempos de pandemia
Este é o mote do editorial escrito pelo docente da ESEP, Paulo Marques para a Revista Cogitare Enfermagem.
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O docente da Escola Superior de Enfermagem do Porto e investigador do Cintesis, Paulo Marques foi o responsável pelo editorial do mês de março da Revista Cogitare Enfermagem, onde fala sobre o ensino e da “passagem de um modelo de aulas clássico, presencial, para um outro mais vanguardista, alicerçado nas tecnologias e por via online”.

O investigador fala sobre as mudanças de comportamentos a que a pandemia COVID-19 nos obrigou, nas mais diversas áreas, em particular na educação em enfermagem. “Alerta-se para a forte necessidade mundial de mão de obra de enfermagem, o que não se coaduna com uma interrupção prolongada da formação de enfermeiros. E assinala como altamente positiva a alternativa encontrada pelos líderes, concretamente a aprendizagem a distância e a simulação”, explica.

O docente da ESEP afirma que “o debate sobre a simulação como alternativa válida aos estágios na prática clínica é particularmente pertinente. Vários fatores importantes levam à consideração dessa nova abordagem, como o risco acelerado de contágio em ambientes hospitalares devido ao aumento do número de pessoas que frequentam essas instalações – impondo sobrecarga aos profissionais e, consequentemente, menor disponibilidade para participar do processo de ensino; e as despesas internas com equipamentos de proteção individual”.

Paulo Marques questiona ainda se “poderemos substituir os estágios por outras formas de ensino e aprendizagem que não levam, garantidamente, ao desenvolvimento de competências práticas?”. Conclui que “apesar de todos os esforços para garantir respostas efetivas de profissionais treinados nesta nova realidade, não estamos ainda totalmente preparados”.

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