Conhecer os preditores pode retardar a progressão da fragilidade nos idosos
Conhecer os preditores pode retardar a progressão da debilidade nos idosos
O estudo desenvolvido permitiu concluir que ao serem conhecidos os preditores da fragilidade é possível intervir precocemente e retardar o aparecimento e a progressão da fragilidade nos idosos.
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Os estilos de vida são referidos como fatores condicionantes para a fragilidade dos idosos. No entanto, existem poucos estudos que exploram esta associação. Deste modo, o artigo publicado pelas docentes da ESEP e investigadoras Cintesis, Maria Manuela Martins e Olga Ribeiro, teve como objetivo analisar a associação entre fatores sociodemográficos, clínicos e de estilo de vida de idosos com a fragilidade multidimensional.

Foi realizado um estudo descritivo e correlacional em idosos registados numa unidade de saúde em Portugal. Os dados foram recolhidos através de um questionário sociodemográfico e clínico, com a aplicação do índice de Fragilidade de Tilburg e o Perfil de estilo de vida individual de forma a avaliar a fragilidade multidimensional e os estilos de vida dos idosos, respetivamente.

Intitulado “Multidimensional Frailty and Lifestyles of Community-Dwelling Older Portuguese Adults” e publicado na International Journal of Environmental Research and Public Health, o artigo mostrou que dos 300 idosos que participaram, a maioria era do sexo feminino, com cerca de 81 anos, e 60,3% eram frágeis. Género, estado civil, número do agregado familiar, número de doenças crónicas, número de medicamentos diários, autoperceção do estado de saúde e estilo de vida e utilização de um dispositivo de apoio para a marcha foram associados à fragilidade multidimensional. Hábitos de alimentação saudável, atividade física, comportamento relacional, comportamento preventivo e gestão de stress foram significativamente associados a menor fragilidade física, psicológica e social.

Assim, o estudo permitiu concluir que quando os agentes comunitários de saúde conhecem os fatores preditores da fragilidade multidimensional, estes podem intervir precocemente e, consequentemente, retardar o aparecimento e a progressão da fragilidade nos idosos.

O estudo contou com o contributo de Ana da Conceição Faria, Maria Manuela Martins, Olga Ribeiro, João Miguel Ventura-Silva, Esmeralda Fonseca, Luciano José Ferreira, Paulo Cabral Teles  e José Alberto Laredo-Aguilera.

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